2. Saúde, doença e o SNS

Manuel Sobrinho Simões. O doente com cancro antes e depois do hospital

É impossível arranjar uma doença mais adequada para discutir o que faz e/ou pode fazer o SNS em relação a um problema concreto do que as doenças cancerosas e pré-cancerosas. Desde logo porque a sua incidência que já é, hoje, altíssima, continuará a aumentar no futuro, competindo com as doenças neuropsiquiátricas para o primeiro lugar em termos de incidência e prevalência. Depois, porque se trata de uma doença muitas vezes mortal à qual se associa um peso emocional terrível. E, finalmente, porque ao contrário do que se passa com a grande maioria das doenças neuropsiquiátricas é possível prevenir a ocorrência de muitos tipos de cancro, assim como tratar com sucesso um número cada vez maior de doentes com cancro...

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Henrique Barros. Doenças crónicas não transmissíveis antes & depois do hospital

A primeira pergunta surge deste ‘antes e depois’: porquê o hospital como o marco para pensar o tempo da doença? Aceitá-lo, a esse marco, é continuar a laborar o pensamento e a decisão sobre a doença e os cuidados à doença tendo como modelo estrutural uma solução que dura há demasiados séculos e se centra na resposta aguda, no evento final ou enfim na exclusão da doença do espaço doméstico. É tempo de inventar melhores soluções!...

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José Manuel Boavida. Diabetes

Portugal dispôs de um Programa de saúde de iniciativa pública direcionado para a intervenção na diabetes desde a década de setenta, sendo um dos mais antigos programas nacionais de saúde pública. Este programa foi sujeito a diversas revisões, adaptando-se à evolução das estratégias nacionais e internacionais de intervenção na diabetes, nomeadamente com a introdução, em 2007, de estratégias de prevenção, e com a última revisão em 2011 com a proposição de um modelo de governação de integração de cuidados e de articulação com as autarquias, as escolas e as associações de doentes.

… A parceria com instituições como a Sociedade Portuguesa de Diabetologia e a APDP foi permanente e fundamental para o desenvolvimento do programa e das alterações que foram sendo introduzidas no SNS no que concerne à diabetes...

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Jorge Espirito Santo. Oncologia

Sendo a moderna prática oncológica caracterizada pela multidisciplinaridade, pela continuidade, compreensividade, coordenação e integração dos cuidados, a organização da sua prestação deve obedecer aos princípios da proximidade com qualidade, da circulação da informação, da partilha de competências e de meios técnicos, da integração da rede prestadora, que deve começar nos Cuidados Primários e terminar nos Cuidados Continuados, e da constituição de uma rede de Centros de Referencia, matricial, que cubra todo o território...

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Isaura Martinho. É possível fazer melhor

… É preciso introduzir práticas de planeamento integrado de políticas e equipamentos. A saúde é um reflexo das condições de vida dos cidadãos. Saúde em todas as políticas, nomeadamente a nível do urbanismo, desporto e edução são fundamentais para melhorar o nível de saúde da População portuguesa, reduzindo os custos associados à doença.

Muito pode ser feito para garantir a sustentabilidade do SNS e a Saúde dos Portugueses, sem que sejam hipotecados os princípios subjacentes ao nosso Estado Social...

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