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Bem individual e coletivo
A saúde é importante para cada um de nós. Mas não somos indiferentes em relação à saúde dos outros.
Preocupamo-nos com a saúde dos outros por duas razões: porque é um bem essencial a que todos devem ter acesso (razão ética); porque a doença dos outros também pode afetar o nosso bem-estar (razão prática)
Bons serviços de saúde
Queremos serviços de saúde que ajudem a promover a saúde, prevenir a doença, a diagnosticá-la e a tratá-la bem e precocemente – e que também facilitem regressar à normalidade após a doença.
Fazer isso tudo é já um desafio extraordinário.
Mas ter bons serviços de saúde não é suficiente
A saúde depende também de cada um e nós, da nossa família e da comunidade em que nos inserimos.
Depende dos nossos conhecimentos, da capacidade de tomar decisões – fazer escolhas inteligentes em relação à saúde e à utilização de serviços e tecnologias da saúde.
Depende também da nossa disposição para exprimir visivelmente a nossa aspiração ao bem-estar, e para esse fim contribuir para uma melhor economia e mobilizar os recursos financeiros desejáveis
Por ser a saúde um bem especial não pode ser entendido, tratado ou transacionado como qualquer outro bem
É esta a principal mensagem de um SNS. Há amplo lugar para o setor social e para o setor privado no “sistema de saúde”. Mas é o SNS o principal garante de que a saúde continue a ser, na sociedade portuguesa, um bem muito especial.
A completa banalização e mercadização do bem-saúde não convém à maior parte das pessoas.