1. Saúde: um bem muito especial

Bem individual e coletivo

A saúde é importante para cada um de nós. Mas não somos indiferentes em relação à saúde dos outros.

Preocupamo-nos com a saúde dos outros por duas razões: porque é um bem essencial a que todos devem ter acesso (razão ética); porque a doença dos outros também pode afetar o nosso bem-estar (razão prática)

Bons serviços de saúde

Queremos serviços de saúde que ajudem a promover a saúde, prevenir a doença, a diagnosticá-la e a tratá-la bem e precocemente – e que também facilitem regressar à normalidade após a doença.

Fazer isso tudo é já um desafio extraordinário.

Mas ter bons serviços de saúde não é suficiente

A saúde depende também de cada um e nós, da nossa família e da comunidade em que nos inserimos.

Depende dos nossos conhecimentos, da capacidade de tomar decisões – fazer escolhas inteligentes em relação à saúde e à utilização de serviços e tecnologias da saúde.

Depende também da nossa disposição para exprimir visivelmente a nossa aspiração ao bem-estar, e para esse fim contribuir para uma melhor economia e mobilizar os recursos financeiros desejáveis

Por ser a saúde um bem especial não pode ser entendido, tratado ou transacionado como qualquer outro bem

É esta a principal mensagem de um SNS. Há amplo lugar para o setor social e para o setor privado no “sistema de saúde”. Mas é o SNS o principal garante de que a saúde continue a ser, na sociedade portuguesa, um bem muito especial. 

A completa banalização e mercadização do bem-saúde não convém à maior parte das pessoas.